Deusa Aine

Aine

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Aine é uma deusa primária da Irlanda, soberana da terra e do sol, associada ao Sostício de Verão, que sobreviveu na forma de uma Fada Rainha. Seu nome significa: prazer, alegria, esplendor. Ela é irmã gêmea de Grian, a Rainha dos Elfos e era também considerada um dos aspectos da Deusa Mãe dos celtas Ana, Anu, Danu ou Don. Juntas Grian e Aine, alternavam-se como Deusas do Sol Crescente e Minguante da Roda do Ano, trocando de lugar a cada solstício.

Os pagãos acreditam que na entrada do Solstício de Verão, todos os Povos pequenos vêm a Terra em grande quantidade, pois é um período de equilíbrio entre Luz e Trevas. Se estiver em paz com eles, acredita-se que, ao ficar de pé no centro de um anel-das-fadas é possível vê-los. É um período excelente para fazer amizade com as fadas e outros seres do gênero.

Rainha dos reinos encantados e mulher do Lago, ela é a Deusa do amor, da fertilidade e do desejo. É filha de Dannann, e esposa e algumas vezes filha de Manannan Mac Liir, e mãe de Earl Gerald. Como feiticeira poderosa, seus símbolos mágicos são “A égua vermelha”, plantações férteis, o gado e o ganso selvagem.

Existem duas colinas, perto de Lough Gur, consagradas à Deusa, onde ainda hoje ocorrem ritos em honra a fada Aine. Uma, a três milhas a sudoeste, é chamada Knockaine, em homenagem a esta deusa. Nessa colina possui uma pedra que dá inspiração poética a seus devotos meritórios e a loucura à aqueles que são por Ela rejeitados.

Esta é uma Deusa-Fada que segundo a tradição celta ajudava os viajantes perdidos nos bosques irlandeses. Diziam que para chamá-la bastava bater três vezes no tronco de uma árvore com flores brancas. Sempre que se sentir “perdido”, faça o mesmo, chame por Aine batendo três vezes no tronco de uma árvore de flores brancas. Ela não vai tardar em ajudar.

 

Correspondências:

Data: Solstício de Verão
Símbolo: égua vermelha, plantações férteis, o gado e o ganso selvagem.
Incenso: Flores e Floresta
Oferta: Mel

Deusa Danu

Danu

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DANA – Deusa Tríplice do Lar e da Família.

Também conhecida como Danu, é a maior Deusa Mãe da mitologia celta. Na Ibéria, a divindade suprema do panteão celta é considerada à senhora da luz e do fogo. Era ela que garantia a segurança material, a proteção e a justiça.

Dana é uma Deusa Tríplice Estelar que governava muitas tribos. Invoque-a a uma estrela e ela procurará em todos os lugares um amor para você.

Deixe a energia do céu agir dentro de você e se entregue às suas mais simples sensações e às suas mais complexas abstrações.

Segundo uma lenda, Dana nasceu em um Clã de Dançarinos que viviam ao longo do rio Alu. Seu nome foi escolhido por sua avó, Kaila, Sacerdotisa do Clã. Foi ela que sonhou com uma barca carregando seu povo por mares e rios até chegarem em uma ilha, onde deveria construir um Templo, para que a paz e a abundância fossem asseguradas. Ao despertar, Danu relatou seu sonho ao conselho e a grande viagem começou então a ser planejada.

Também conhecida como Danu, é a maior Deusa Mãe da mitologia celta. Seu nome “Dan”, significa conhecimento, tendo sido preservada na mitologia galesa como a deusa Don, enquanto que outras fontes equipararam-na à deusa Anu. Na Ibéria, a divindade suprema do panteão celta é considerada a senhora da luz e do fogo. Era ela que garantia a segurança maetrial, a proteção e a justiça. Dana ou Danu também é conhecida por outros nomes: Almha, Becuma, Birog, ou Buan-ann, de acordo com o lugar de seu culto. Outro aspecto da Morrigu.

O “Anuário da Grande Mãe” de Mirella Faur, nos apresenta o dia 31 de março como o dia de celebrar esta deusa da prosperidade e abundância. Conta ainda, que os celtas neste dia, acreditavam que dava muito azar emprestar ou pegar dinheiro emprestado, por prejudicar os influxos da prosperidade. Uma antiga, mas eficaz simpatia, mandava congelar uma moeda, fazendo um encantamento para proteger os ganhos e evitar os gastos.

Os descendentes da Dana e seu consorte Bilé (Beli) eram conhecidos como os “Tuatha Dé Dannan” (povo da Deusa Dana), uma variação nórdica de Diana, que era adorada em bosques de carvalhos sagrados. O nome “Dana” é derivado da Palavra Céltica Dannuia ou Dannia. É significativo que o rio Danúbio leve seu nome, pois foi no Vale do Danúbio, que a civilização Celta se desenvolveu. A ligação Celta com o vale do rio Danúbio também é expressa em seu nome original. “Os filhos de Danu”, ou “Os filhos de Don”.

Dana é irmã de Math e seu filho é Gwydion. Sua filha é Arianrhod, que tem dois filhos, Dylan e Llew. Os dois outros filhos de Dana são Gobannon e Nudd.

É certo que Dana deveria ser considerada a Mãe dos Deuses, depois de ter lhes dado seu nome. Há várias interpretações do seu nome, sendo que uma delas é “Terra Molhada” e o mais poética, “Água do Céu”.

Danu é uma das Dea Matronae da Irlanda e a Deusa da fertilidade. Seu símbolo mágico é um bastão.

Seu personagem foi cristianizado na figura de Santa Ana, mãe da Virgem Maria, pois sua existência é proveniente de uma antiga divindade indo-européia. Também é conhecida na Índia, como o nome de “Ana Purna” e em Roma toma o nome de “Anna Perenna”.

 

Os Tuatha de Danaan eram a quarta reça de colonizadores que chegaram

na Irlanda séculos antes da era cristã. Eles eram sábios, eminentes

magos, cientistas e artesãos, possuidores de uma altissima vibração

espiritual, verdadeiros “seres de luz”. Após permanecerem

duzentos anos ensinando suas artes para o habitantes nativos,

foram vencidos pelos ultimos conquistadores da ilha, os Milesianos,

guerreiros e materialistas. Os sobreviventes do “povo da deusa

Danu” refugiaram-se nas colinas ou em cavernas e passaram a

ser conhecidos como ” Daoine Sidhe” ou o “Povo das Fadas”

 

Correspondências:

Símbolo: Bastão

Data: 31 de Março

Jóias: prata, ouro, platina.

Cor da roupa: preta, roxa, azul-claro, prata ou cinza.

Óleos: sândalo, jasmim, óleo de Cerridwen, olíbano, mirra.

Ervas: rosa silvestre, coentro, anis-estrelado, nenúfar, língua de víbora, rizoma de lírio.

Pedras: Turmalina verde, crisoprásio, aventurina, pedra da lua, turmalina rosa, opala,rodocrozita, quartzo branco, esmeralda, ametista.

Ritual de protecção: Acenda três velas brancas para a Deusa Donzela, três velas rosas para a Deusa Mãe e três velas amarelas para a Deusa Anciã, rezando sempre:”Deusa das três faces, traga-me o Dom da Lua! No crescente, dê-me coragem; no cheio me preencha de amor; no minguante, sabedoria, virtude e magia!

 

Deusa Rhiannon

Rhiannon

Deusa das Profundezas e do Outro Mundo.

Rhiannon deve ser invocada em feitiços que envolvam estrelas e práticas astrológicas.

A Deusa-cavalo galesa do Inferno, Rigatona ou Ringatona (Itália), Epona (Gália), Bubona (Escócia), Grande Deusa Branca eram alguns dos nomes originais de Rhiannon. É também conhecida como a deusa dos pássaros, dos encantamentos, da fertilidade e do submundo. Ela se identifica com a noite, a emoção, o sangue, a lua, o drama.

Rhiannon é a donzela saída do inframundo neste aspecto, relaciona-se com a deusa Perséfone. Sua iconografia vincula-se ao simbolismo eqüino. Andava em um cavalo branco, vestida com um manto de penas de cisnes, sempre acompanhada por seus pássaros mágicos. Ela é venerada na Irlanda, no País de Gales, na Gália (Epona), mas também aparece na Iugoslávia, África do Norte e Roma.

Algumas imagens de Rhiannon, onde ela se apresenta com cestas de frutos e flores, nos remetem ao simbolismo da fertilidade e abundância da terra. Acho que realmente sempre houve sua associação com as Deusas-Mães.

Rhiannon era uma deusa galesa da morte, filha de Hefaidd, Senhor do Outro Mundo. Vivia sempre acompanhada por três pássaros mágicos, que podiam encantar os vivos e acordar os mortos.

Rhiannon, por possuir rara beleza, tinha muitos pretendentes, incluindo Pwyll, um mortal, que era rei de Dyfed, assim como Gwalw, um deus de menor importância, filho de Clud. Gwalw, havia lhe proposto uma união, mas seu desejo foi casar-se com Pwyll. Ao ter conhecimento do desprezo de Rhiannon por Gwalw e sua união com Pwyll, seu pai lançou-lhe uma maldição, tornando-a estéril. Ela desgraçadamente não podia ser mãe. Os amigos de Pwyll tentaram então, a convencê-lo a tomar outra esposa, desde que Rhiannon era estéril e não poderia lhe dar um herdeiro. Mas o rei recusou, pois alegou amar sua esposa.

Rhiannon, desesperada, utiliza-se da magia para conseguir engravidar e deu a luz a um filho, o herdeiro para o rei. Mas pouco depois do nascimento, o menino é raptado. As donzelas responsáveis por cuidar dele, com medo de serem acusadas pelo seu desaparecimento, mataram alguns pássaros, esfregaram o sangue dos animais no rosto e nas vestes de Rhiannon, acusando-a de ter devorado o filho. Foi quando Pwyll estabeleceu um castigo para o seu alegado crime, transformou-a simbolicamente em um cavalo e deveria carregar todos os hóspedes do marido nas costas.

Decorridos sete anos, o deus Teyrnon encontrou um menino, que imediatamente reconheceu como filho de Pwyll e Rhiannon. Transportou-o de volta ao seio da família, que acabou por descobrir que o seqüestrador tinha sido Gwalw, que agira desta forma para vingar-se.

Esta lenda nos demonstra que, muito embora Rhiannon tenha passado por dificuldades e sofrimentos, separação e perda e mesmo depois de ter sido acusada e castigada injustamente, não perdeu sua dignidade e honra. Ela nos revela neste episódio a sua grandeza interior, não tão somente como uma grande deusa, mas como uma fortaleza de mulher.

Rhiannon, representa a Mãe da Consolação, que dedica-se e ama às crianças. Podemos identificá-la nas mulheres do nosso dia-a-dia. São na maioria mulheres fortes e lutadoras, como também sobreviventes da violência doméstica.

Esta deusa é também o arquétipo da Senhora Godiva, uma mulher que monta nua coberta somente com um véu um cavalo branco. Rhiannon dos pássaros, da égua branca do mar é a deusa donzela do amor sexual. Ela é virgem significando que é completa em si. A “Donzela” é a face mais jovem da deusa, relacionado com os descobrimentos e aspectos mais criativos da nossa personalidade. É pura inocência e despreocupação, é alegria de viver. Se associa também com a primavera que celebramos durante o Festival de Ostara.

DEUSA DO INSTINTO

Rhiannon aparece em sua vida para que possas trabalhar o instinto. Duvidar de alguém, quando seus instintos acendem aquela “luz vermelha”, até que é saudável. Mas, a desconfiança exagerada só lhe trará dor e sofrimento. Seria como negar-se a si mesma, e isso não ajuda muito. A maneira correta de se trabalhar uma dúvida é transformá-la em questionamento. Só através dele se alcançará respostas.

Você é daquelas pessoas que permite que a dúvida transforme seu otimismo em medo, sua confiança em baixa auto-estima e sua vitalidade em procrastinação? Talvez você esteja precisando exercitar mais seu ceticismo, em vez de confiar cegamente. Talvez também, estejam seus instintos solicitando mais informações antes de partir para a ação. Permita-se questionar mais a sua dúvida, para se assegurar da verdade.

Rhiannon, lhe diz para que não permita que a dúvida mine o seu “eu sagrado”. Questione-se em vez de duvidar e obterá as respostas necessárias para prosseguir rumo à sua totalidade.

Oração à Rhiannon
Canta os pássaros de ouro
Tragam esperanças para as almas ocupadas
Canto em honra a Rhiannon
Grande Rainha, Deusa do Cavalo
Que minha carga seja leve
Ajude-me em minhas aflições
Onde possa haver dúvida
Semeie a verdade
Faça com que a crise
encontre o seu fim
Dirija todos passos de nossa vida
Mãe da fertilidade e da morte
Nos traga a paz
Que esta canção lhe seja doce
Conforte minha alma
Que minha pena seja breve
E que meu coração permaneça inteiro.

Correspondências:

Jóias: Use prata ou cromo em seus ritos.
Cor da roupa: cor de alfazema, preta ou branca.
Óleos: abricó, limão, ópio, laranja e pêssego.
Ervas: noz-moscada, mandrágora, chicória, bardana, ébano, arruda.
Pedras: opala, quartzo rutilado, quartzo claro, azeviche.
Ritual para proteção: Acenda um incenso de violeta ou use a cor branca todos os sábados.

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Fonte: http://www.oldreligion.com.br/novo/conteudo/index.asp?Qs_idConteudo=12
http://caillean333.blogspot.com.br/2008_05_01_archive.html
http://alcateiasite.blogspot.com.br/2012/07/deusas-negras-cerridwen.html
http://3fasesdalua.blogspot.com.br/2011/09/deusa-e-santa-brighid-brigid-ou-brigit.html
http://www.mitologiacelta.templodeapolo.net/ver_divindade.asp?Cod_seres=137&value=Cernunnos&cat=Deus&topo=
http://mundodemorrigan.blogspot.com.br/2012/10/morrigu-morrigan.html#.UdDcyPm1Hzw
http://www.templodeavalon.com/modules/mastop_publish/?tac=Deuses_Celtas
http://www.mitologiacelta.templodeapolo.net/ver_divindade.asp?Cod_seres=143&value=Lugh&cat=Deus&topo=
http://naturezadeluanegra.blogspot.com.br/2012/11/deusa-celta-irlandesa-dagda.html
http://elisabet-oliveira.blogspot.com.br/2011/01/badb.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Macha_(mitologia_da_Irlanda)
http://bruxarianaserra.weebly.com/macha.html
http://flavyr.blogspot.com.br/2012/05/deusa-macha.html
http://mitoemitologias.blogspot.com.br/2012/08/morrigan-rainha-das-trevas.html
http://somostodosum.ig.com.br/clube/artigos.asp?id=21448
http://www.astrologosastrologia.com.pt/horoscopo_das_deusas_celtas=signos_as_deusas_celtas_de_cada_signo=1=aries&morrigan.htm
http://bruxa-rhiannon.blogspot.com.br/p/sobre-deusa-rhiannon.html

Badb e Macha, as Fúrias

Hoje será um post duplo, falarei sobre as irmãs de Morrigu, as que com ela formam “as Fúrias das Batalhas”.

Badb Na mitologia irlandesa, Badb (/baðβ/ “corvo” em irlandês antigo; irlandês moderno Badhbh /bəiv/ significando “abutre”) era uma deusa da guerra que assumia a forma de um corvo, e era assim por vezes denominada Badb Catha (corvo de batalha). Frequentemente causava confusão entre os soldados ao fazer a batalha pender para seu lado favorito. A ilha Boa recebeu seu nome por causa desta deusa. Campos de batalha eram chamados de a terra de Badb, e com frequência era dito que Badb aparecia neles sob a forma de um corvo ou de um lobo. Badb é associada à beansidhe, e diz-se que foi crucial na batalha contra os fomorianos. Deusa da guerra, dos campos de batalha e das profecias. Era conhecida como: o Corvo de Batalha ou a Gralha Escaldada. Com suas irmãs, Macha e Morrigu, formava um trio de Deusas guerreiras, as filhas da Deusa-mãe Ernmas, que morreu em “A Primeira Batalha de Magh Turedh”, conto que descreve como os Tuatha Dé Danann tomaram a Irlanda dos Fir Bolg. Badb era o corvo em meio a batalha, que podia tanto como profetizar sua morte, quanto ajudar em meio a guerra. Era representada como uma donzela. Associada ao caldeirão, aos corvos e gralhas. Badb rege a vida, a sabedoria, a inspiração e a iluminação.

Correspondências: Símbolos: Espada, corvos, gralhas e caldeirão. Dia: Todos os dias da semana Cores: Branco e preto Aroma: Cânofora Pontos cardeais: Oeste Estação: Outono  

Macha

Macha: Deusa da fertilidade e da guerra, filha de Ernmas, junto com as irmãs Badb e Morrighan, podia lançar feitiços sobre os campos de guerra. Após uma batalha os guerreiros cortavam as cabeças dos inimigos e ofereciam a Macha, sendo este costume chamado de a “Colheita de Macha”. A Rainha da Vida e da Morte no panteão irlandês reverenciada em Lughnasadh/Lammas. Ela é a Deusa protetora da guerra e da paz, regendo também a astúcia, a força física, a sexualidade, a fertilidade e o domínio sobre os homens. A Deusa Macha foi adorada na Irlanda mesmo antes da chegada dos celtas. Ela é uma Deusa Tríplice associada à Morrigan (ou Morrigu) e Badbh, confirmando o significado do triskle para a cultura celta, em termos de respeito ao simbolismo da Trindade (vida – morte – vida). No “Livro das Invasões”, nas lendas do Ciclo de Ulster, a seguinte frase descreve esta triplicidade: “Badbh e Macha, grandes poderes. Morrigan que espalha confusão, Guardiãs da Morte pela espada, Nobre filhas de Ernmas”. Ela está ligada também a Danu no aspecto fértil. No “Livro Amarelo de Lecan”, Macha é glosada como um corvo que se alimenta dos cadáveres em combate. Ela também está associada a troféus de batalha sangrentos, como as cabeças recolhidas dos inimigos, chamadas de “a Colheita de Macha”. Esta ligação com a arte da batalha é reforçada pelo nome das Mesred machae, os pilares das fortalezas, onde as cabeças dos guerreiros derrotados eram empaladas. Macha é também a deusa que guia às almas ao além-mundo. Ela vive na terra dos mortos, a oeste. Antes de sua ligação com a morte, ela representava a quinta-essência das fadas. É igualmente considerada uma Deusa da Água, semelhante à Deusa Galesa Rhiannon, e Protetora dos Eqüinos, como a Deusa Gaélica Epona. Está ainda associada à Deusa do parto, principalmente se estes forem gêmeos. Macha. Que representava a face Mãe. Ela aparecia no final da batalha e guiava os mortos para o outro mundo.

A Maldição de Macha

Macha, segundo conta uma das lendas, é uma Deusa que preferiu viver entre os mortais. Teve como seu primeiro marido o líder Nemed, que morreu em uma batalha, narrada no “Leabhar Gabhala” (O Livro das Conquistas), Por muito tempo, Macha governou a Irlanda sozinha, até unir-se ao seu segundo marido Cimbaeth, que foi quem construiu o forte real de “Emain Macha”.  Mas foi com seu terceiro marido, Crunniuc Mac Agnomainque surgiu a lenda de sua maldição. A história inicia-se quando Crunniuc, um fazendeiro de Ulster, pai de quatro filhos e desolado pela morte da esposa. Macha, uma senhora misteriosa, entra em sua casa, organiza seu lar, dá ordens aos seus criados, fazendo tudo para agradá-lo. À noite faz amor com ele, tornando-se assim, sua esposa. Como deusa protetora dos eqüinos, e apaixonada por seu marido, ela multiplicou-os de maneira assombrosa e passava as manhãs correndo e competindo com eles pelos prados. Neste período, Crunniuc prosperou como nunca, e recebeu o reconhecimento dos outros nobres da região. Aparentemente, a mulher trouxera-lhe boa fortuna. Ele nunca indagou a formosa mulher sobre sua origem, bem como jamais questionou o que ela fazia ali. Apenas amou. Amou e confiou naquela silenciosa mulher, depositando ali seu nobre coração. Eis que então a formosa mulher dos cabelos cor de fogo trouxe a Lua para seu ventre, brindando Crunniuc com a alegria de, dali a nove ciclos de lunação, ser pai. Algum tempo depois, o rei Conchobar convidou a todos para um festejo no Condado de Armagh. Crunniuc decidiu que iria ao Festival. Macha lhe pediu para não ir, advertindo-lhe que ele falaria Dela durante o festejo e que isso atrairia desgraça para os dois. Crunniuc não desistiu e prometeu não dizer uma só palavra sobre seu relacionamento. O próprio rei de Ulster presidia os festejos. Num certo momento, para agradá-lo, alguém fez elogios aos seus cavalos, garantindo que não havia outros mais velozes em todo o mundo. Crunniuc, não conseguindo conter-se, afirmou que sua mulher corria mais rápido que qualquer quadrúpede. O rei, com raiva, mandou prendê-lo e exigiu uma comprovação de tais palavras. Sendo assim, Macha foi forçada a comparecer ao festival para competir com os cavalos do rei, sob pena de matarem seu marido se ela resistisse. Ela protestou e apelou pedindo então que o rei aguardasse o término de sua gestação para que tal feito fosse realizado. Ela lembrou-lhes que todos tinham mãe, e perguntou-lhes o que sentiriam se obrigassem a cada uma delas uma prova semelhante, em estado tão avançado de gravidez. Mas de nada adiantou seus lamentos: para a maioria dos homens, devido ao excesso de álcool, lhes parecia muito atrativo aquele perigoso desafio. Macha então teve que aceitar realizar a corrida, já sentindo as dores do parto. Trouxeram então os cavalos e teve início a competição, que teve um fim muito breve, pois ela alcançou a chegada rapidamente com uma vantagem folgada. No entanto, ao final, ela caiu ao solo gritando de dor e, naquele mesmo instante, deu luz a gêmeos. Neste momento, todos se deram conta do que haviam feito, mas foram incapazes de se mover para ajudá-la. Então, ainda entorpecida pela dor, Ela reuniu suas forças e voltando-se para todos disse: “Desse dia em diante, durante cinco dias e cinco noites, por nove gerações, nos momentos em que todos os guerreiros do Ulster mais precisarem de suas forças, todos serão cometidos pelas mesmas dores de meu parto, pois eu sou Macha, filha de Sainrith Mac Imaith, e para enaltecer meu nome, esse lugar será chamado, para sempre, de Emain Macha”. Dizendo isso, a Deusa retirou-se do local, levando seus filhos e deixando todos os convidados atônitos com a revelação de sua identidade. Crunniuc nunca mais viu a Deusa ou seus filhos, voltando desolado, para suas terras que nunca mais, a partir daquele momento, seriam prósperas como outrora foram, quando Macha lá habitava, trazendo luz e prosperidade ao lar e ao coração do fazendeiro. Somente as mulheres, as crianças e o herói Cuchulainn ficaram a salvo das palavras de Macha.  

Correspondências: Animais: Cavalo; Corvo. Símbolos: Morte; Destruição; Desastre; Mãe; Guerra; Mulheres. Invoque Macha para: fertilidade; previsões; proteção; força, sexualidade; perspicácia/esperteza. Jóias: ouro Cor da roupa: amarela, laranja, vermelha ou ouro. Óleos: olíbano, ligústica, heliotrópio, pimenta-da-jamaica, amêndoa. Pedras: Citrino, ágata, turmalina rosa, granada, topázio, quartzo dourado, quartzo branco, ametista. Ritual de proteção: Use uma peça do vestuário amarela em uma Quarta-feira.

RITUAL: Feche os olhos, respire algumas vezes e visualize-se galopando em um cavalo branco. Quais sentimentos lhe vêm a mente? Fique alerta para cada sensação sentida. Peça a Macha que lhe ensine os dons da liberdade e torne-se um ser realmente livre. Ainda visualizando-se galopando, imagine-se diminuindo o galope, desça do cavalo, toque a cabeça do animal e abençoe-o por ter cedido parte do seu poder a você. Deixe-o ir e aos poucos, retorne ao seu estado normal de consciência, respirando profundamente mais algumas vezes e abrindo lentamente os olhos.

Dagda, o Deus Bondoso

Filho de Dana e Bile, o “Deus Bondoso”, é o pai dos deuses. Seu nome quer dizer “o que golpeia com grande eficácia”, já que leva consigo um martelo com o qual dá vida, ressuscita e mata. É um deus da abundância. Veste uma túnica curta, refletindo ao mesmo tempo autoridade e benevolência. Foi e ainda é o deus mais venerado entre os druidas. Senhor dos elementos, da sabedoria e da adivinhação, mestre da música, arte, poesia e eloquência, excelente guerreiro, deus simples e agradável que tem como tarefa garantir a transição durante as diferentes etapas da vida e depois até a “pós vida”. Possui um caldeirão magico onde pode ressuscitar os mortos em batalha. De sua união com Boann teve Oengus Mac Og, deus do amor, concebido e nascido em apenas um dia. Dono de grandes proezas de guerra e aventuras, conta-se que certa vez capturou com uma mão um ser com 100 pernas e 4 cabeças. Também simboliza a fertilidade, a abundância e regeneração. Por vezes sua imagem é quase grotesca, pois come grandes quantidades de comida, mesmo assim, é querido e respeitado. Com Morrighan formava um casal. Possui uma harpa magica com a qual controla o inicio e fim das estacoes celtas. Foi pai da deusa Brigitt, do deus Oghma, do deus Mider, do deus Angus Mac Og e de Bodb, O Vermelho, que o sucedeu como governante dos deuses.

No folclore irlandês, o Dagda era chamado de O Bom Deus, Grande Senhor, Pai dos DEUSES e dos homens, o Arquidruida, deus da magia, da TERRA . Rei supremo dos Tuatha de Dannan, mestre de todos os ofícios, senhor de todos os conhecimentos.

O Dagda tinha uma harpa de carvalho vivo que fazia com que as estações mudassem quando assim o ordenasse. Deus dos magos e sacerdotes, senhor dos artesãos, da música e das curas.

De apetite voraz, Dagda possuía um caldeirão maravilhoso, a partir do qual se podiam alimentar todos os homens da terra, e que ninguém abandonaria sem nele se ter saciado. Assim, para além de conter o alimento material de todos os humanos, o Caldeirão de Dagda teria em si também todo o gêneros de conhecimentos.

Possuía também o poder de ressuscitar os mortos, desde que os cadáveres fossem nele cozinhados de acordo com um ritual especial, do qual faziam parte ervas mágicas e aromáticas.

 

Correspondências:
Consorte de Boann
Símbolos: clava, harpa, caldeirão, bastão, espada, pedra fálica.
Dia: quinta
Cores: púrpura, verde e branca
Aroma: tabaco
Pontos cardeais: todos
Estação: Todas

Di 17 de Janeiro, dia de Ganesha!

Hoje, dia 17 de Janeiro, é dia de Festa! Dia de Ganesha! Dia de Puja a Ganesha!

E mesmo não fazendo postagens de Sábado, hoje preparei um dia inteiro ao lorde Ganesha, Deus da Sabedoria e que retira os obstáculos de nossas vida sem permitir que o Ego nos domine.

O que significa fazer uma puja para Ganesha?

Puja é uma cerimônia ou um ritual que se faz para uma deidade, neste caso Ganesha, que é a divindade mais popular na Índia. Incensos e lamparinas são acesas, flores são oferecidas, mantras do livro sagrado Vedas são cantados. Além disso, também são oferecidas comidas como coco, doces e o Dhal que é uma iguaria da culinária indiana feita de lentilhas, grão de bico, ou até legumes batidos. O dhal é sempre meio líquido, meio pastoso, assim como o feijão batido dos brasileiros.

Sobre o Deus

Ganesha tem uma enorme cabeça de elefante, imensa para um corpo de menino indicando sua capacidade intelectual e a firme dedicação aos estudos.

Ganesha é o Mestre do Conhecimento, da Inteligência e da Sapiência. É aquele que proporciona a potência espiritual e a inteligência suprema. É o grande removedor dos obstáculos, Guardião da Riqueza, da Beleza, da Saúde, do Sucesso, da Prosperidade, da Graça, da Compaixão, da Força e do Equilíbrio. Ganesha significa “Senhor de Todos os Seres”.

É filho do Senhor Shiva, a “Realidade Suprema”, e de Parvati, a “Mãe do Cosmos”.

 

Ganesha e o Rato

De acordo com uma interpretação, o divino veículo de Ganesha, o rato ou mushika representa sabedoria, talento e inteligência. Ele simboliza investigação diminuta de um assunto difícil. Um rato vive uma vida clandestina nos esgotos. Então ele é também um símbolo da ignorância que é dominante nas trevas e que teme a luz do conhecimento. Como veículo do Senhor Ganesha, o rato nos ensina a estar sempre alerta e iluminar nosso eu interior com a luz do conhecimento.

Ambos Ganesha e Mushika amam modaka, um doce que é tradicionalmente oferecido para os dois durante cerimônias de adoração. O Mushika é normalmente representado como sendo muito pequeno em relação a Ganesha, em contraste para as representações dos veículos das outras divindades. Porém, já foi tradicional na arte Maharashtriana representar Mushika como um rato muito grande, e Ganesha estando montado nele como se fosse um cavalo.

Outra interpretação diz que o rato (Mushika ou Akhu) representa o ego, a mente com todos os seus desejos, e o orgulho da individualidade. Ganesha, guiando sobre o rato, se torna o mestre (e não o escravo) dessas tendências, indicando o poder que o intelecto e as faculdades discriminatórias têm sobre a mente. O rato (extremamente voraz por natureza) é habitualmente representado próximo a uma bandeja de doces com seus olhos virados em direção de Ganesha, enquanto ele segura um punhado de comida entre suas patas, como se esperando uma ordem de Ganesha. Isto representa a mente que foi completamente subordinada à faculdade superior do intelecto, a mente sob estrita supervisão, que olha fixamente para Ganesha e não se aproxima da comida sem sua permissão.

Segundo a lenda, Shiva, o Deus Hindu da resolução, foi afastado em uma guerra. Sua esposa Parvati, queria tomar banho, mas não tinha ninguém para vigiar a porta de sua casa, então concebeu a idéia de criar um filho que pudesse protegê-la. Parvati criou Ganesha com a pasta de sândalo que ela usou para o banho e deu vida a figura. Ela, então, o colocou para montar guarda à sua porta e deu-lhe instruções para não deixar ninguém entrar.

Entretanto, o Senhor Shiva retornou da batalha, mas como Ganesha não o conhecia, o proibiu de entrar na câmara de Parvati.

Shiva, furioso pela insolência de Ganesha, pegou seu tridente e cortou a cabeça de Ganesha.

Parvati saiu para encontrar Ganesha decapitado e enfureceu-se.

Ela assumiu a forma da Deusa Kali e ameaçou detruir  os três mundos: do Céu, da Terra e do Submundo.

Ao vê-la neste estado de espírito, os outros Deuses estavam com medo e Shiva, na tentativa de pacificar Parvati, enviou seus Ganas, ou Hordas, para encontrar uma criança cuja mãe estivesse negligente, cortar sua cabeça e trazê-lo rapidamente . A primeira coisa viva que encontraram, no entanto,  foi  um elefante, e o mesmo estava voltado para o norte (sentido associado à sabedoria).

Assim trouxeram a cabeça do elefante e Shiva o colocou no corpo do filho de Parvati e soprou a vida nele.

Parvati ficou muito feliz e abraçou seu filho, o menino com cabeça de elefante que Shiva nomeou como: “ Ganesha, o senhor de seu ganas”.

Parvati ainda estava muito triste, assim Shiva anunciou que todos adorassem Ganesha antes de qualquer outra forma de Deus.

Assim, Ganesh é adorado primeiro em todas as ocasiões e festivais hindus.

Ganesha é amplamente adorado por toda a Índia como o removedor de obstáculos.

 

Para adorar Ganesha, monte um pequeno altar com um pano vermelho e a sua imagem e faça diariamente os seus mantras ou oração. Como oferendas pode colocar arroz cozido só em água, flores amarelas e vermelhas, queime um incenso de Sândalo, e velas vermelhas e amarelas, um potinho com rebuçados de coco, um pratinho com nove moedas. Um cristal branco também pode ser colocado no seu altar. Repita nove vezes o mantra:

OM, e o mantra “Om Gam Ganapataye namaha”.

 

Correspondências:

Área de Influência: Deus da Fortuna, Sabedoria, Literatura
Animais: ratos, elefantes
Consorte: Buddhi, Siddhi
Símbolos: Machado, Cobras
Cores: Amarelo, laranja, vermelho
Dia da semana: quarta-feira
Oferendas: arroz, frutas, goiabada, mel, queijo, moedas e flores

Lugh, dos braços longos

Lugh/ Lug/ Lugus

Ele descende de uma linhagem mista — Tuatha e Fomore —, mas foi com sua imprescindível ajuda que os primeiros conseguiram derrotar os segundos.

Lugh era filho de Cian (neto por parte dos Danna) e de Ethniu, filha de Balor, rei dos Fomorianos. Uma profecia dizia que Balor seria morto por seu neto. Para evitar esse destino, mandou dar fim nos netos, mas Lugh sobreviveu e foi criado por Tailtiu, sua mãe adotiva (que é a própria Irlanda). Sua festividade é Lughnasadh, a festa da primeira colheita.

Ficou conhecido como “Lugh Lámfada” – Lugh dos braços longos e “Lugh Samildanach” – Lugh, o artesão múltiplo. Lugh é o Deus dos ferreiros, cujo domínio incluía a magia, as artes e todos os ofícios em geral, seu nome significa “Luz” – belo como o Sol. Guardião da espada mágica e da lança invencível, vinda da cidade de Gorias, um dos quatro tesouros dos Tuatha Dé Danann.

Ele é o guerreiro mais completo de toda a ilha, pois sua habilidade com as armas se une a maestria em diversas atividades, como ferreiro, carpinteiro, poeta, historiador, estrategista militar, artista, druida, medico e metalúrgico, entre outras.  Seu domínio incluía a magia, o comércio, a reencarnação, o relâmpago, a ÁGUA , as artes e ofícios em geral, viagens, curas e profecias.

Na Irlanda e em Gales, Lugh era chamando O Brilhante. Deus do Sol e da guerra, era associado aos corvos, tendo por símbolo, em Gales, um veado branco.Da profundidade de seu culto, diversas cidades da Europa adotaram nomes cuja origem significa cidade de Lugh ou dedicada a Lugh. É o caso de Lyon, Leyden e Lugo.

 

Correspondências:
Animal: Cavalo
Símbolos: Lança, Sol

Brigit, a flecha do poder!

Deusa das Habilidades. A deusa celta Brigit era por vezes chamada de Deusa Tríplice. Na Grã-Bretanha ela passou a ser conhecida como as Três Mães ou as Três Damas Abençoadas. As lendas mais antigas dão conta que num distante dia primaveril dois sóis despontaram no horizonte para iluminar o mundo. Um deles era o velho Astro-Rei que como sempre emergiu do Leste para iniciar sua caminhada costumeira pelo céu até encontrar seu descanso no Oeste, enquanto o outro anunciava o nascimento de uma filha dos Tuatha Dé Danann.

Como uma revelação do que seria o destino daquela menina no mundo a casa onde nasceu ardeu até alcançar o céu numa chama de brilho imperecível nunca desfeita em pó , competindo em pé de igualdade com a luz do Sol durante o dia e até mesmo vencendo as trevas na noite.

Seu nome significa “flecha de poder”. Era chamada A Poetisa. Outro aspecto de Danu, associada a Imbolc. Tinha uma ordem dedicada a ela, formada só por mulheres, em Kildare, na Irlanda, que se revezavam para manter o fogo sagrado sempre aceso. Deusa do fogo, fertilidade, lareira, todas as artes e ofícios femininos, artes marciais, curas, medicina, agricultura, inspiração, aprendizagem, poesia, adivinhação, profecia, criação de gado, amor, feitiçaria, ocultismo.

Brighid era representada por três mulheres, Brighid, a poetisa, Brighid, a médica, e Brighid, a ferreira, sendo conhecida como a deusa da Tríplice Chama, pois o fogo alimenta as forjas, esquenta os experimentos dos alquimistas, e incendeia a mente dos poetas.

Brighid é uma das deusas chamadas de pan-célticas, pois fora cultuada por todos os diferentes povos celtas.

Brigid, a Deusa das águas que curam, faz os rios voltarem a correr; Brigid, a Deusa dos animais, propicia o retorno e o acasalamento deles, garantindo a continuação da vida por meio dos filhotes; Brigid, a Deusa das sementes, filha do Dagda, o Senhor do Caldeirão, abençoa o reinício dos trabalhos na agricultura; Brigid, Deusa solar, traz de volta dias mais claros e mais amenos.

Brigid, Deusa não só do fim do inverno (Imbolc), mas de todo o ano, está conosco mais uma vez, sob uma de suas muitas faces – a Donzela da Primavera. O mundo se enche de luz, os corações de alegria, e dos lábios dos Bardos nasce uma nova canção – uma canção de amor por Brigid, padroeira dos artistas e dos amantes da arte.

Excalibur, A espada do Rei Arthur, foi forjada pela Senhora do Lago, com o fogo sagrado de Brighid. Como a Avalon Arthuriana, ou a “Ilha das Maçãs,” Brigid possui um pomar de maçãs no Outro Mundo na qual abelhas viajavam para obter seu néctar mágico.

Brigid, que tambem significa “aquela que exalta a si própria,” é a Deusa do Sagrado Fogo de Kildare (derivado de “Cill Dara,” que significa “igreja do carvalho”) e freqüentemente é considerada como sendo o aspecto de Donzela Branca da Deusa Tripla.

Imbolc, o festival de Brighid, é celebrado em ou em torno do dia 1 de Fevereiro quando Ela conduz a Primavera para a terra depois do domínio do Inverno. Esta festa de meio de Inverno começa conforme as ovelhas começam a lactar e é o começo do novo ciclo de agricultura. Durante este tempo Brigid personifica uma noiva, aspecto de virgem ou donzela e é a protetora das mulheres que estão grávidas. Imbolc também é conhecido como Oimelc, Brigid, Candlemas, e até na América como o Dia da Marmota.

Poços são considerados sagrados pois eles vêm de “o imbelc’ (literalmente “no ventre”), ou útero da Mãe Terra. Por causa do seu Fogo da Inspiração e sua conexão com as macieiras e carvalhos, Brighid freqüentemente é considerada a padroeira dos Druidas.

Brighid é filha de Dagda,o Bom Deus, pertencendo assim, aos Tuatha De Danann.

 

Ela foi cristianizada como a “mãe adotiva” de Jesus Cristo, e chamada Santa Brigida. Ela algumas vezes também é associada com a Deusa Romano-Celta Aquae-Sulis em Bathe. Brigid é uma deusa irlandesa e celta de tempos pré-cristãos. No ano de 450, Brigith foi transformada em Santa Brígida pelo cristianismo que não conseguia impedir o culto a Deusa pagã. A biografia dessa santa foi escrita por Cogitosus – que credita a data da morte da santa cristã ao dia 01 de fevereiro, data está em que era comemorado o Festival do Fogo em homenagem a Deusa pagã.

A história da Santa Brigida é na verdade cheia de contradições, uma vez que boa parte de sua biografia é baseada na história da Deusa e alguns elementos que são facilmente compreendidos a partir do paganismo, torna-se estranhos para os fundamentos cristão…

Seja qual for a verdade sobre a vida privada Brigit, o que é interessante é a sua universalidade e da forma que as pessoas são movidas a especular sobre ela e, talvez, de ler as coisas em histórias sobre ela com o qual eles podem identificar. Desta forma, ela é trazida mais perto de nós, e é capaz de servir, em muitos aspectos como um papel-modelo. Uma amante da mulher, uma mulher forte única, uma mulher no relacionamento feliz e frutífera com um homem – ela se torna todas as coisas para todas as mulheres.

Oração a Deusa Brigit
“Senhora dos cabelos trançados!
Guardiã do fogo sagrado!
Venha meus caminhos iluminar!
Meu lar abençoar!

Brigit! Filha do Grande Dagda!
Senhora das fontes sagradas!
Concede-me saúde e paz!
E todo amor de que és capaz!

Que eu saiba honrar tua bênção,
Entregando-te meu coração!
Que eu saiba curar e abençoar
E espalhe amor por onde eu passar!
Assim se faça para sempre.”


Correspondências:
Símbolos: Fogo,  águas curativas, carvalho, maçãs, arte, artesanato, poesia
Face: Deusa Tríplice
Lua: Crescente
Cores: Verde, Dourado
Sabbath: Imbolc
Cruz de Brigit
Jóias: platina e ouro
Cor da roupa: azul, preta, prata ou rosa.
Óleos: cravo, poção do amor, alfazema.
Ervas: avenca, calicanto, ginseng, mandrádora, verbena.
Pedras: Ágata, citrino, amazonita, hematita, quartzo azul, quartzo fumê, aventurina, quartzo branco, ametista.

Ritual de Proteção:
Acenda um incenso de verbena em uma quarta-feira.

Fonte: http://alcateiasite.blogspot.com.br/2012/07/deusas-negras-cerridwen.html
http://3fasesdalua.blogspot.com.br/2011/09/deusa-e-santa-brighid-brigid-ou-brigit.html
http://www.mitologiacelta.templodeapolo.net/ver_divindade.asp?Cod_seres=137&value=Cernunnos&cat=Deus&topo=
http://mundodemorrigan.blogspot.com.br/2012/10/morrigu-morrigan.html#.UdDcyPm1Hzw
http://www.templodeavalon.com/modules/mastop_publish/?tac=Deuses_Celtas
http://www.mitologiacelta.templodeapolo.net/ver_divindade.asp?Cod_seres=143&value=Lugh&cat=Deus&topo=
http://naturezadeluanegra.blogspot.com.br/2012/11/deusa-celta-irlandesa-dagda.html
http://elisabet-oliveira.blogspot.com.br/2011/01/badb.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Macha_(mitologia_da_Irlanda)
http://bruxarianaserra.weebly.com/macha.html
http://flavyr.blogspot.com.br/2012/05/deusa-macha.html
http://mitoemitologias.blogspot.com.br/2012/08/morrigan-rainha-das-trevas.html

Arianrhod – a deusa da Lua Nova

Arianrhod de Gales era uma deusa da Lua Nova. Seus símbolos, como aqueles de Cerridwen, eram o caldeirão e a porca branca. Sua Roda de Prata, por vezes representada como um barco com roda de pás que levava as almas para sua morada estelar, podia muito bem simbolizar a roda zodiacal e seus signos (os aros da roda).

Arianrhod era chamada de Roda Prateada, Grande Mãe Fértil, Deusa das Estrelas, Deusa dos Céus e Deusa da Reencarnação. Seu palácio era chamado de Caer Arianrhod (Aurora Borealis). Ela era a guardiã da Roda de Prata das Estrelas, um símbolo do tempo e do Karma. Essa roda era também conhecida como a roda de Pás, um barco que carregava os guerreiros mortos para a terra da Lua (Emania). Seu consorte original era Nwyvre (Céu ou Firmamento). Ela era também a mãe de Lleu Llaw Gyffes e Dylan. Com seu irmão Gwydion. Arianrhod regia a beleza, a fertilidade, o Karma e a reencarnação.

O mito de Arianrhod é muito complexo, com elementos contraditórios e de difícil compreensão, denotando as deturpações decorrentes da interpretação das antigas lendas da tradição oral dos bardos, pelos monges e historiadores cristãos. Há, no entanto, uma passagem muito interessante que descreve de forma metafórica e pitoresca uma mescla de atributos da Deusa como Donzela e Mãe escura. Filha da deusa da terra Don, Arianrhod foi chamada pelo Deus celeste Math para ser sua acompanhante (na verdade, seu dever era segurar os pés do Deus no seu colo enquanto ele descansava). A condição essencial deste encargo era a virgindade da candidata.

Mas, ao ser testada pelo bastão mágico de Math, Arianrhod de repente deu a luz a gêmeos – um, bem formado, Dylan, que se foi arrastando para o mar (onde se transformou depois em um deus marinho), e outro, ainda em estado embrionário. Arianrhod desapareceu, mas antes amaldiçoou este filho para que ele não tivesse jamais um nome, não pudesse usar armas e nem casar. Na cultura celta, era a mãe que dava o nome e abençoava seu filho nestes rituais de passagem. No presente mito, a criança foi adotada pelo irmão de Arianrhod, o mago Gwydion, que, no devido tempo, conseguiu ludibriar Arianrhod e, usando recursos mágicos, a convenceu a dar um nome a seu filho e permitir-lhe usar armas. O nome Llew Llaw Gyffes, “o brilhante, luminoso e habilidoso”, era o mesmo nome de um famoso herói celta Lugh, personificação de um antigo deus solar. Comprova-se, assim, por metáforas e intrincados simbolismos celtas, a antiguidade das divindades e cultos lunares, a Lua representando as tradições matrifocais da Deusa que deram origem aos cultos e mitos solares posteriores.

Na tradição celta, essa Deusa se apresentava de dupla forma, como Virgem e Mãe, Padroeira da Lua, da Noite, da Sexualidade, da Justiça, da Magia e do Destino. Mais tarde, é apresentada como uma Deusa-Mãe, girando a Roda de Prata e transformando-a em uma barca lunar.

Como sua Deusa regente é um tipo de Deusa do Lar, que deseja que sua casa seja aconchegante e cheia de amor.

É importante lembrar que cada aspecto da Deusa representa um aspecto que você pode reconhecer dentro de si mesma. A conexão com a Deusa Arianrhod poderá lhe ajudar a compreender a tarefa histórica da iniciação feminina.

É uma visão de harmonia e de totalidade. É também, uma visão de justiça entre raças e espécies, onde os dons da vida são incrivelmente bons, embora mortais e efêmeros e, onde você poderá libertar sua afinidade emocional com a natureza.

Correspondências:

Símbolos: Lua, caldeirão, porca branca, roda de prata
Face: Anciã e Donzela
Lua: Nova
Vela: Verde
Jóias: ouro e cobre.
Cor da roupa: rosa, verde, marrom ou bege.
Óleos: cidró, poção do amor, óleo de Cerridwen, rosa, nérole, gardênia.
Ervas: flor de maçã, bétula, amora-preta, erva-dos-gatos, margaridas, urze.
Pedras: Água marinha, coral, esmeralda, kunzita, lápis-lazuli, quartzo rosa, amazonita, quartzo branco, ametista.
Ritual de proteção: Vista uma peça do vestuário na cor verde-claro nas sextas-feiras.

Fonte: http://alcateiasite.blogspot.com.br/2012/07/deusas-negras-cerridwen.html
http://3fasesdalua.blogspot.com.br/2011/09/deusa-e-santa-brighid-brigid-ou-brigit.html
http://www.mitologiacelta.templodeapolo.net/ver_divindade.asp?Cod_seres=137&value=Cernunnos&cat=Deus&topo=
http://mundodemorrigan.blogspot.com.br/2012/10/morrigu-morrigan.html#.UdDcyPm1Hzw
http://www.templodeavalon.com/modules/mastop_publish/?tac=Deuses_Celtas
http://www.mitologiacelta.templodeapolo.net/ver_divindade.asp?Cod_seres=143&value=Lugh&cat=Deus&topo=
http://naturezadeluanegra.blogspot.com.br/2012/11/deusa-celta-irlandesa-dagda.html
http://elisabet-oliveira.blogspot.com.br/2011/01/badb.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Macha_(mitologia_da_Irlanda)
http://bruxarianaserra.weebly.com/macha.html
http://flavyr.blogspot.com.br/2012/05/deusa-macha.html
http://mitoemitologias.blogspot.com.br/2012/08/morrigan-rainha-das-trevas.html

Cerridwen – a “Face Anciã”

Cerridwen representa a “Face Anciã” da Deusa Tríplice celta; seu nome tem como origem os termos galeses ceryd “administrar com amor” e gwen “branco e abençoado”. Apesar da sua representação habitual como uma mulher velha, chamada de “A anciã da criação” ou simplesmente “A anciã”, ela era uma deusa que mudava sua forma, passando de jovem à mulher madura ou velha, incluindo também sua metamorfose em animais. Como deusa da fertilidade e abundância, ela era chamada de “Deusa soberana dos cereais”, a porca sendo seu animal totêmico e representando a fecundidade do mundo subterrâneo, bem como o poder materno (criador e destruidor, que dá e tira a vida).

Cerridwen é associada com a Lua, os dons de inspiração, a poesia, as profecias, a habilidade da metamorfose, o ciclo de vida e morte, sendo a guardiã da sabedoria e do conhecimento. É ao mesmo tempo Deusa parteira e protetora dos mortos, pois o mesmo poder que conduz os corpos para a morte traz a vida. No seu ventre gera-se a vida, mas a vida antecede a morte.

Seu aspecto caracterizado em corpo de uma velha, representa o conhecimento de todos os mistérios que só a idade e a experiência podem proporcionar. Ela é a Deusa que devemos reverenciar nos momentos de dificuldades e anulação de qualquer tipo de malefício. Ela é a Deusa do caos e da paz, da harmonia e da desarmonia. E então, quando a Lua não brilha no céu e a escuridão é nosso legado, devemos deitar oferendas a Ela, que também olha por nós em nossos momentos de trevas.

O caldeirão, seu maior símbolo (percursor do Santo Graal) representa a fertilidade e a regeneração, por isso também era deusa dos bosques e dos animais. Os rituais para essa deusa eram feitos na lua minguante.

Cerridwen chega em nossas vidas anunciando um tempo de morte e renascimento. Quando algo está para morrer, devemos permitir que se vá para que algo novo possa nascer. A totalidade só é conquistada no momento que dissermos sim e dançarmos com a morte e o renascimento, Cerridwen diz a você que sempre receberá de volta o que der a ela, portanto entregue-se e renascerá.

A mais antiga forma da Deusa Tríplice. Associa-se a morte, a fertilidade, a inspiração, a astrologia, as ervas, os encantamentos, o conhecimento.

Todos os verdadeiros Bardos celtas dizem ter dela nascido; de fato, os Bardos galeses, como todo, se autodenominavam Cerddorion (os filhos de Cerridwen). Diz-se que beber de seu caldeirão mágico confere a maior inspiração e talento a poetas e músicos. A jornada ao caldeirão era parte da iniciação de um Bardo, e era uma jornada perigosa, como pode ser visto na lenda de Taliesin.

 

“Taliesin incia sua vida como Gwion Bach. Ainda enquanto jovem, Gwion Bach vagava pelo norte de Gales. Subitamente, ele se viu no fundo do Lago Bala, onde viviam o gigante Tegid e sua esposa Cerridwen. A deusa possuía dois filhos, um garoto e uma garota. A garota (Creirwy) era muito bela, mas o garoto (Avagdu) era extremamente feio. Cerridwen esta então preparando uma poção para que seu filho fosse muito sábio. Ela pediu para que Gwion a ajudasse mexendo o caldeirão que continha a poção. Ele mexeu por um ano e um dia até que só houvesse três gotas restando. As gotas ferventes pularam para seu dedo; instintivamente ele levou o dedo queimado à boca e percebeu instantaneamente todo o terrível poder de Cerridwen. Ele então fugiu do lago em terror.

Furiosa, Cerridwen saiu em seu encalço. Numa tentativa de escapar da deusa, Gwion se transformou diversas vezes, assumindo várias formas. Cerridwen o seguia, também ela se metamorfoseando, até finalmente comê-lo quando este assumira a forma de um grão de milho. Nove meses depois ela deu à luz um menino, o qual lançou ao mar num barquinho.

Elphin, filho de um rico proprietário de terras, salvou o bebê e lhe deu o nome de Taliesin (semblante radiante). A criança reteve todo o conhecimento e sabedoria adquiridos pela poção e cresceu para tornar-se um talentoso e importante Bardo.”

 

Correspondências:
Símbolos: Lua, caldeirão, grãos
Face: Anciã
Lua: Minguante, Nova
Animais: Porca branca
Jóias: ouro e prata
Cor da roupa: vermelha, preta ou branca.
Óleos: Poção do amor, sangue do dragão, almíscar, patchulli.
Ervas: damiana, dedaleira, lúpulo, trigo
Pedras: obsidiana, quartzo claro, turmalina negra
Ritual de proteção: Toda as terças-feiras use uma peça do vestuário na cor vermelha.

Fonte: http://alcateiasite.blogspot.com.br/2012/07/deusas-negras-cerridwen.html
http://3fasesdalua.blogspot.com.br/2011/09/deusa-e-santa-brighid-brigid-ou-brigit.html
http://www.mitologiacelta.templodeapolo.net/ver_divindade.asp?Cod_seres=137&value=Cernunnos&cat=Deus&topo=
http://mundodemorrigan.blogspot.com.br/2012/10/morrigu-morrigan.html#.UdDcyPm1Hzw
http://www.templodeavalon.com/modules/mastop_publish/?tac=Deuses_Celtas
http://www.mitologiacelta.templodeapolo.net/ver_divindade.asp?Cod_seres=143&value=Lugh&cat=Deus&topo=
http://naturezadeluanegra.blogspot.com.br/2012/11/deusa-celta-irlandesa-dagda.html
http://elisabet-oliveira.blogspot.com.br/2011/01/badb.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/Macha_(mitologia_da_Irlanda)
http://bruxarianaserra.weebly.com/macha.html
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